A inclusão digital e o Professor
José Oscar Fontini de Carvalho, Professor Titular e Pesquisador da PUC-Campinas. Líder do Grupo de Pesquisa Construção e Uso da Informação, publicou um artigo cujo tema é: “O papel da interação humano-computador na indústria digital”.
Segundo Carvalho(1994), “O avanço tecnológico transformou o computador em uma ferramenta cada vez mais indispensável às atividades humanas. É difícil encontrar um ambiente onde o computador não esteja presente, de maneira direta ou indireta. Em muitos casos as pessoas são obrigadas a acessarem-no para alcançarem alguma informação.
Tal fato é facilmente verificado nas atividades mais simples do dia-a-dia das pessoas, como a obtenção de serviços bancários, na compra de mercadorias em supermercado, na utilização de cartão de créditos e até mesmo no manuseio de certos eletrodomésticos entre outras.
Na escola de educação básica(principalmente as particulares), no Brasil, incluem o computador como mais um recurso de apoio ao ensino, colocando-o na mesma categoria dos livros e filmes educativos. Não se concebe uma instituição de nível superior que não possa permitir aos seus alunos o amplo acesso aos computadores.”(...)
Como discente de um curso superior a distância temos observado o movimento da inclusão digital e suas dificuldades. Estão disponíveis novas tecnologias que facilitam a construção do aprendizado. A questão é como colocar as “TICs” a disposição de todos? Muitos alunos ainda não dispõem de internet em suas casas. A exclusão é uma realidade e são vários fatores que levam a ela. Ainda segundo Carvalho, “Inclusão digital é gerar igualdade de oportunidades na sociedade de informação.”
O auxílio do Professor nessa hora é fundamental. É ele que vai ser o mediador entre a máquina e o aluno, é o professor que vai facilitar essa interação e colocar a disposição do aluno os recursos disponíveis na instituição, o que é um grande desafio já que esses recursos oferecidos se encontram ultrapassados, são insuficientes para o número de alunos, as instituições não oferecem um treinamento adequado ao Professor, não é permitido que o Professor escolha os periféricos e demais equipamentos que tornaria o laboratório de informática funcional. São entraves que andam na contramão da inclusão digital, verdadeiros desafios a serem vencidos pelos Professores.
Um grande passo para a inclusão digital está sendo a AD2, um projeto de aprendizagem, levando os alunos de Pedagogia da Unirio a experimentarem diversas TICs, como chats, criação de blogs, entre outras, descobrindo excelentes meios de comunicação. A equipe de Informática na Educação está de parabéns pela iniciativa!
Gostei muito deste artigo, e a realidade é essa mesmo, as escolas até tem suas salas de informática mas a maioria delas é ultrapassada, assim como na minha escola. E pior, a mairia das escolas não tem um professor de informática para orientar. O aluno tem que " se virar" para aprender alguma coisa, não existem cursos, etc. A sala de informática na maioria das vezes só está lá por estar, só para dizer que a escola tem alguma coisa. E a triste realidade é essa. Salas ultrapassadas, ou então, sem professores.
ResponderExcluirEsther dos Santos, aluna do 2º ano do Ensino Médio.
Angela, muito interessante o seu artigo. Realmente pela formação que é oferecida a muitos professores, não é dado um treinamento adequado para lidar com as TICs. Também achei uma ótima forma essa pela qual estamos nos formando, vendo de perto como que se lida com as TICs. É sim um grande passo para a inclusão digital.
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ResponderExcluirOlá Angela,acredito que a centralização é nosso maior problema,as lideranças políticas precisam manter seus currais eleitorais,e para isto cultivam carneirinhos.A solução é a Educação.Temos profissionais qualificados,por que não usam????
ResponderExcluirTenho uma visão meio radical sobre o assunto. Acredito que o grande erro no Brasil foi jogar todo o cargo do ensino de informática nas costas do professor. Primeiro tenta-se formar o professor em informática para que este, mais tarde ensine seus alunos. Analisando o caminhar de tudo que tenho visto, percebo que deveriamos estar seguindo o exemplo dos Estados Unidos colocando profissionais da área de informática (por que nosso país também forma bons profissionais nessa área) para monitorar os laboratórios de informática, dando monitoramento para as dificuldades tanto do aluno quanto do professor. Daí sim, os professores poderiam usar a informática em seus projetos pedagógicos.
ResponderExcluirFala-se tanto em capacitação do professor. Mas me diga: professor de matemática ensina o quê? Não é só matemática? Por que descaracterizar a informática, visto que esta é tão complexa? Por que dissolver a informática para que seja dada homeopaticamente por inúmeros professores, sobrecarregando-os ainda mais?
Tudo isso gera o temos visto: professores desmotivados e alunos abandonados.
Andréia,
ResponderExcluirPor certo a complexidade advinda do desenvolvimento tecnológico requer algum tipo de especialização focalizada em um aspecto restrito do conhecimento mas trazer isto para as fases iniciais do processo educacional é algo muito questionável. Uma interdisciplinidade bem encadeada parece ser uma boa resposta para os maiores desafios do ensino.
Ou será que um professor de matemática (para dar um exemplo raso, quase simplório) não entra na seara do ensino do português quando foca o entendimento de um problema como ponto fundamental para a sua solução?
Abraços,